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PT -- FULL SPECTRUM DOMINANCE - Capítulo Quatro - Parte 4

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DOMÍNIO DA UNIVERSALIDADE

CAPÍTULO QUATRO - Parte 4

O Levantamento do PovoTibetano’ Made In USA

O Students for Free Tibet (SFT)estava entre as cinco organizações que, em 4 de Janeiro de 2008, proclamaram o início de uma ‘revolta do povo tibetano’ e estabeleceram um gabinete temporário especial, encarregado de coordenar e financiar a revolta.

Harry Wu, um proeminente defensor do Dalai Lama na agitação contra Pequim, tornou-se famoso pelo seu papel num documentário polémico da BBC, no qual alegou que a China estava a traficar órgãos humanos, extraídos de prisioneiros executados da China. O documentário da BBC tornou-se motivo de controvérsia pelas suas inúmeras imprecisões.(46) No entanto, não contente com esse nível de distorção, Wu aumentou as suas acusações, em 1996, alegando falsamente que tinha “filmado um prisioneiro cujos rins foram removidos através de uma cirurgia enquanto ele estava vivo e, depois, o prisioneiro foi retirado e baleado. A fita foi transmitida pela BBC ”. (47)

O documentário da BBC não mostrou nada do que foi alegado por Wu, mas o dano estava feito. Quantas pessoas é que verificaram os arquivos antigos da BBC? Wu, um professor aposentado de Berkeley que deixou a China após a prisão como dissidente, era chefe da Laogai Research Foundation, uma organização isenta de impostos cujo fonte principal de financiamento também era a NED.(48)

Entre os projectos relacionados, a NED, financiada pelo governo dos EUA, também apoiou o jornal The Tibet Times, dirigido pela base do Dalai Lama no exílio, em Dharamsala, na Índia. A NED também financiou o Tibet Multimedia Center para aquilo que eles descreveram como “disseminação de informação que aborda a luta pelos direitos humanos e democracia no Tibet”. Também estavam sediados em Dharamsala. A NED também financiou o Centro Tibetano de Direitos Humanos e Democracia. (49)

Resumindo, as impressões digitais do Departamento de Estado e da comunidade dos serviços secretos dos EUA estiveram em todos os tumultos do movimento ‘Free Tibet’ e dos ataques aos chineses de etnia Han, de Março de 2008. A pergunta a ser feita era por quê e, especialmente, por quê naquele momento?

 O Tesouro de Minerais do Tibete

O Tibete era de importância estratégica para a China, não apenas pela sua localização geográfica na fronteira com a Índia - o mais novo aliado anti-China de Washington, na Ásia - mas também porque o Tibete era um tesouro de minerais e petróleo. O Tibete continha alguns dos maiores depósitos de urânio e bórax do mundo, metade do lítio do mundo, os maiores depósitos de cobre da Ásia, enormes depósitos de ferro e mais de 80.000 minas de ouro. As florestas do Tibete continham a maior reserva de madeira à disposição da China. A partir de 1980, cerca de 54 biliões de árvores foram derrubadas lá. O Tibete também possuía algumas das maiores reservas de petróleo da região.(50)

Ao longo da fronteira entre a Região Autónoma do Tibete e a Região Autónoma Uigur de Xinjiang, também havia uma vasta região petrolífera e mineral na Bacia Qaidam, conhecida como a 'bacia do tesouro'. A Bacia contava com 57 tipos diferentes de recursos minerais com reservas comprovadas, incluindo petróleo, gás, carvão, sal bruto, potássio, magnésio, chumbo, zinco e ouro. Esses recursos minerais tinham um valor económico potencial estimado em 15 triliões de yuans ou seja, 1,8 triliões de dólares. As reservas comprovadas de potássio, lítio e sal bruto dessa bacia eram as maiores da China.

Estrategicamente, o Tibete talvez fosse a fonte de água mais valiosa do mundo. Situado como estava, no ‘tecto do mundo’, o Tibete era a fonte de sete dos maiores rios da Ásia, que forneciam água a 2 biliões de pessoas. Como Henry Kissinger poderia muito bem ter dito, ’Aquele que controlar a água do Tibete tem uma poderosa alavanca geopolítica sobre toda a Ásia’, especialmente sobre a China.

Mas o principal interesse de Washington no Tibete, na Primavera de 2008, parecia ser o seu potencial para agir como alavanca para desestabilizar e chantagear o governo de Pequim.

‘A não-violência como forma de guerra’

Os acontecimentos no Tibete, depois de 10 de Março de 2008, foram cobertos pela comunicação mediática ocidental com pouca atenção à precisão ou à verificação cruzada independente. A maioria das fotos publicadas nos jornais europeus, americanos e na TV, acabou não sendo realmente fotos ou filmes da opressão militar chinesa contra os lamas ou monges tibetanos. Provou-se que, na maioria dos casos, eram fotos da Reuters ou da AFP, de chineses de etnia Han, a ser espancados por monges tibetanos que operavam em organizações paramilitares treinadas. Em alguns casos, algumas estações de TV alemãs publicaram imagens em vídeo de espancamentos que nem sequer eram do Tibete, mas sim, da polícia nepalesa, em Katmandu.(51)

A cumplicidade da comunicação mediática ocidental nesta charada, ressaltou, simplesmente, o facto de que as acções em torno do Tibete, faziam parte de um esforço de desestabilização bem orquestrado por parte de Washington. Repetindo o mesmo padrão das desestabilizações instigadas e manipuladas, anteriormente, nos Estados Unidos, a comunicação mediática de destaque, não mencionou o envolvimento da omnipresente NED, bem como da Albert Einstein Institution, de Gene Sharp, que conhecemos em Mianmar. Como discutido anteriormente, a Albert Einstein Institution especializou-se em ‘não-violência como forma de guerra’ .(52)

A interferência na China através dessa instituição, remonta há muitos anos, através do Coronel Robert Helvey, já mencionado, veterano de 30 anos da Defense Intelligence Agency, que aplicara as suas técnicas no incentivo aos protestos estudantis na Praça Tiananmen, em Junho de 1989. O Coronel Helvey tem trabalhado com a Albert Einstein Institution e com a Open Society Foundation, de George Soros, pelo menos, desde meados da década de 1980. A respeito das operações dos EUA na China, acredita-se que ele esteja a agir como conselheiro do Falun Gong, sobre técnicas semelhantes de desobediência civil. (53)

Entre muitos aspectos que ligam a Albert Einstein Institution aos serviços secretos militares dos EUA, também estava o general Edward Atkeson, que serviu no Conselho de Administração original da instituição. Foi Atkeson, antigo Chefe Adjunto dos Serviços Secretos do Exército dos EUA, na Europa, que supostamente, foi o primeiro a ‘sugerir o nome de 'defesa baseada em civis' a Gene Sharp". (54)

Como observado anteriormente, a Instituição Sharp havia desenvolvido as principais tácticas usadas pelos EUA nos seus ‘golpes pós-modernos’, as novas desestabilizações ‘brandas’, mudanças não violentas de regime e o que veio a ser chamado de ‘Revoluções  Coloridas’, nos países coincidentemente localizados na proximidade de rivais dos EUA, a China e a Rússia. De todas essas tácticas, a principal foi a aplicação de tecnologias de comunicações electrónicas. Com o aparecimento da Internet e o uso generalizado de telemóveis/telefones celulares, o Pentágono dos EUA refinou uma forma inteiramente nova de mudança de regime e desestabilização política. Como Jonathan Mowat, o pesquisador do fenómeno por trás da onda das Revoluções Coloridas, descreveu:

… O que estamos a ver é a aplicação civil da doutrina ‘Revolução nos Assuntos Militares’ do Secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, que depende da instalação de pequenos grupos altamente móveis, ‘habilitados’ pelos serviços secretos e pelas comunicações em ‘tempo real’. Os esquadrões de soldados que se apoderam dos quarteirões da cidade com a ajuda de telas de vídeo do ‘capacete de inteligência’, que lhes dão uma visão instantânea do seu ambiente, constituem o lado militar. Bandas de jovens que convergem em cruzamentos direccionados, em diálogo constante através de telemóveis/telefones celulares, constituem a aplicação civil da doutrina.

Esse paralelo não deve surpreender, visto que as forças armadas dos EUA e a Agência de Segurança Nacional subsidiaram o desenvolvimento da Internet, dos telefones móveis e das plataformas de software. Desde o início, estas tecnologias foram estudadas e experimentadas com o objectivo de encontrar o uso ideal num novo tipo de guerra.

A ‘revolução’ na guerra, que estes instrumentos novos permitem, foi levada ao extremo por vários especialistas em guerra psicológica. Embora estes  militares utopistas tenham trabalhado em altos cargos (por exemplo, na RAND Corporation) durante longo tempo, até certo ponto, eles só controlaram algumas das estruturas de comando mais importantes do aparelho militar dos EUA com a vitória dos neoconservadores no Pentágono, de Donald Rumsfeld. (55)

 Controlar o Gigante Chinês

Os agentes operadores de Washington usaram e refinaram as técnicas de 'não-violência revolucionária', organizadas através da NED, para instigar uma série de golpes políticos 'democráticos' ou 'suaves' como parte da estratégia mais ampla dos EUA - que tentaria impedir a China de ter acesso às suas reservas externas de petróleo e de gás. A tentativa de Washington em desestabilizar a China, usando o Tibete, fazia parte de um padrão explícito. Além dos esforços de uma ‘Revolução Açafrão’ em Mianmar e da tentativa de levar a NATO a apoderar-se dos campos petrolíferos da China, em Darfur e bloquear o acesso da China aos recursos petrolíferos estrategicamente vitais, em África, incluía também, tentativas de fomentar problemas no Uzbequistão e no Quirguistão, como também interromper o gasoducto, novo e vital de energia, da China para o Cazaquistão.

As antigas rotas comerciais asiáticas conhecidas como A Grande Rota da Seda passavam por Tashkent, no Uzbequistão, e Almaty, no Cazaquistão, por razões geográficas óbvias. Eram acessíveis numa região que estava cercada de grandes cadeias de montanhas. O controlo geopolítico do Uzbequistão, do Quirguistão e do Cazaquistão permitiria aos Estados Unidos controlar qualquer possível rota de oleoducto entre a China e a Ásia Central, assim como o cerco da Rússia visava controlar o oleoducto e outros laços entre a Rússia e a Europa Ocidental.

Além do mais, a China dependia dos fluxos ininterruptos de petróleo do Irão, da Arábia Saudita e de outros países da OPEP. A militarização do Iraque pelos EUA e as ameaças de ataque ao Irão colocaram militarmente em risco o acesso da China ao petróleo. No final de 2007, estava a tornar-se evidente que a China, juntamente com a Rússia, estavam no topo da lista dos alvos estratégicos para as operações hostis do Pentágono, do Departamento de Estado dos EUA e das agências de serviços secretos.

Por trás da estratégia de cercar a China

Neste contexto, o artigo de Zbigniew Brzezinski, de 1997, na Foreign Affairs, a revista do Council on Foreign Relations, foi novamente significativo. O ‘pedigree’ da política externa de Brzezinski deve ser recordado, por ter sido um protegido de David Rockefeller na década de 1970, e um seguidor do geoestratega britânico, Sir Halford Mackinder, até à sua função de grande Conselheiro de Política Externa, do candidato presidencial, Barack Obama. Brzezinski foi uma das figuras mais influentes nos círculos de inteligência/serviços secretos e política externa dos EUA. Em 1997, escreveu de maneira reveladora:

A Eurásia é o lar da maioria dos Estados politicamente positivos e dinâmicos do mundo. Todos os aspirantes históricos ao poder global, tiveram origem na Eurásia. Os aspirantes mais populosos do mundo à hegemonia regional, a China e a Índia, estão na Eurásia, assim como todos os potenciais adversários políticos ou económicos à superioridade americana. Depois dos Estados Unidos, as próximas seis maiores economias e detentoras das maiores despesas militares estão lá, assim como todas as potências nucleares do mundo, com excepção de uma das mais encobertas. A Eurásia é responsável por 75% da população mundial; 60 por cento do seu PIB e 75 % dos seus recursos energéticos. Colectivamente, o poder potencial da Eurásia obscurece até o da América.

A Eurásia é o super continente axial do mundo. Um poder que dominasse a Eurásia exerceria influência decisiva sobre duas das três regiões economicamente mais produtivas do mundo, a Europa Ocidental e a Ásia Oriental. Uma observação do mapa também sugere que um país dominante na Eurásia controlaria quase que automaticamente o Médio Oriente e a África. Com a Eurásia agora a funcionar como o tabuleiro de xadrez geopolítico decisivo, já não basta moldar uma política para a Europa e outra para a Ásia. O que acontece com a distribuição do poder na massa de terra eurasiática será de importância decisiva para a supremacia global da América ... (56 )(ênfase acrescentada).

Esta declaração, escrita bem antes do bombardeio da antiga Jugoslávia e das ocupações militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque, revelou que a política dos EUA nunca foi destinada a livrar aqueles países da tirania. Era sobre a hegemonia global e não sobre a democracia.

Sem surpresa, a China não estava convencida de que, permitir a Washington usufruir um poder tão esmagador, fosse do interesse nacional da China, assim como a Rússia não pensava que aumentaria a paz se permitisse que a NATO engolisse a Ucrânia e a Geórgia ou se os EUA colocassem os seus mísseis à volta da Rússia, alegadamente ‘para se defender contra a ameaça dum ataque nuclear iraniano aos Estados Unidos’.

A desestabilização liderada pelos EUA no Tibete fazia parte de uma mudança estratégica de grande significado. Chegou no momento em que a economia e o dólar dos EUA, ainda a moeda de reserva do mundo, estavam na pior crise desde a década de 1930. Foi significativo que o governo dos EUA tenha enviado o banqueiro de Wall Street e antigo presidente da Goldman Sachs, Henry Paulson, a Pequim, no meio dos seus esforços para constranger Pequim sobre o Tibete. Washington estava literalmente a brincar com fogo. A China tinha ultrapassado, há muito, o Japão como sendo o maior detentor mundial de reservas em moeda estrangeira. Em Julho de 2008, as reservas da China, em dólares dos EUA estavam estimadas em mais de 1,8 triliões de dólares, a maior parte delas investidas em instrumentos de dívida do Tesouro dos EUA ou títulos da Fannie Mae ou da Freddie Mac. Paulson sabia muito bem que Pequim poderia decidir desvalorizar o dólar, vendendo apenas uma pequena parte de sua dívida americana no mercado.

No final de 2008, a super potência global,  Estados Unidos da América, estava cada vez mais parecida com o Império Britânico do final da década de 1930 - um império global em declínio terminal. O império americano, no entanto, apesar de entrar em espiral na mais grave crise financeira desde a Grande Depressão da década de 1930, ainda parecia determinado a impor a sua vontade a um mundo cada vez mais afastado de tal controlo absolutista. O mundo - ou pelo menos os seus principais protagonistas fora de Washington, da Rússia à China, da Venezuela à Bolívia e mais além - estava a começar a pensar em alternativas melhores. Para o Pentágono, essas agitações tornaram o trabalho do Domínio do Espectro Total mais urgente do que nunca. O poder declinante do Século Americano dependia, cada vez mais, do controlo militar directo, um controlo que o Pentágono tentou estabelecer através de uma rede mundial de bases militares americanas.

Notas de rodapé:

1 Cited in William Blum, “The NED and ‘Project Democracy’,” January 2000 (www.friendsoftibet.org/databank/usdefence/usd5.html).

2 F. William Engdahl, “The geopolitical stakes of ‘Saffron Revolution,” Asia Times, October 17, 2007 (http://www.atimes.com/atimes/Southeast_Asia/IJ17Ae01.html ).

3 US Department of State Bureau of East Asian and Pacific Affairs, Report on Activities to Support Democracy Activists in Burma as Required by the Burmese Freedom and Democracy Act of 2003, October 30, 2003 (http://www.state.gov/p/eap/rls/rpt/burma/26017.htm ).
4 Ibid.
 5 Ibid.

 6 Gene Sharp publicly claimed that his work was strictly independent of US Government involvement. However his activities over a period of years suggested the opposite. As one detailed account of his work reported: “Sharp's strategies of civilian-based defense—organized nonviolent non-cooperation and defiance—were dramatically applied during the Baltic states' secession from the Soviet Union. His book, Civilian-Based Defense: A Post Military Weapons System, helped shape the region's predominantly nonviolent liberation struggles. According to Sharp, in 1990 Audrius Butkvicius, then secretary of defense for Lithuania, obtained a smuggled copy of the book, which had yet to be published and was still in page-proof form. Butkvicius circulated 50 photocopied versions to states throughout the Soviet Union, including neighboring Latvia and Estonia. That year, Sharp and Bruce Jenkins, a research assistant at the Albert Einstein Institution, made several trips to the three Baltic capitals where Civilian-Based Defense was adapted as government policy.” (cited in Claire Schaeffer-Duffy, “Honing nonviolence as a political weapon,” National Catholic Reporter, Oct 21, 2005.

6 Gene Sharp afirmou publicamente, que o seu trabalho era estritamente independente do envolvimento do governo dos EUA. No entanto, as suas actividades durante anos, sugeriram o contrário. Como descreveu um relato detalhado do seu trabalho: “As estratégias de defesa civil baseadas na Sharp - a não-cooperação não-violenta organizada e o desafio - foram aplicadas dramaticamente durante a secessão dos estados bálticos da União Soviética. O seu livro, Defesa Civil: Um sistema de armas pós-militar, ajudou a moldar as lutas de libertação predominantemente não-violentas da região. Segundo Sharp, em 1990, Audrius Butkvicius, então Secretário da Defesa da Lituânia, obteve uma cópia contrabandeada do livro, que ainda não havia sido publicado e ainda estavaa ser compilado. Butkvicius circulou 50 versões fotocopiadas nos Estados da União Soviética, incluindo a vizinha Letónia e a Estónia. Naquele ano, Sharp e Bruce Jenkins, um assistente de pesquisa da Albert Einstein Institution, fizeram várias viagens às três capitais do Báltico, onde a Defesa Civil foi adaptada como política governamental. ”(Citado em Claire Schaeffer-Duffy,“ Aperfeiçoar a não-violência como arma política ”, National Catholic Reporter, 21 de outubro de 2005.
7 Albert Einstein Institution website, Burma (http://www.aeinstein.org/organizationscf14.html ).
8 Amy Kazmin, “Defiance undeterred: Burmese activists seek ways to oust the junta,” Financial Times, London, December 6 2007. Curiously, though Mr Sharp protested his organization’s innocence from any involvement with the US Government in destabilizing the Burmese regime, he posted the Financial Times article on his own website.Curiosamente, embora Sharp tenha protestado a inocência da sua organização de ter qualquer envolvimento com o governo dos EUA para desestabilizar o regime birmanês,  publicou o artigo do Financial Times no seu site. 
9 Ibid.

10 Amitabh Pal, “Gene Sharp,” The Progressive, March, 2007 (http://findarticles.com/p/articles/mi_m1295/is_3_71/ai_n19206283 ).

11 Agence France Press, “Bush Urges Myanmar to free Suu Kyi,” July 6, 2008.
12 Juli A. Mac Donald, Indo-US Military Relationship: Expectations And Perceptions, Office of the Secretary of Defense – Net Assessment, October 2002.

13 Condoleezza Rice, et al, The National Security Strategy of the United States, Washington, September 2002.

14 US 7th Fleet Public Affairs, Navy News Stand, “Exercise Malabar 07-2 Kicks Off,” Story Number: NNS070907-13, Navy News Stand, 9/7/2007.

15 Deepal Jayasekara, “Indian prime minister’s visit to China seeks to boost bilateral ties, but tensions persist,” WSWS News, January 30, 2008 (http://www.wsws.org/articles/2008/jan2008/indi-j30.shtml ).

16 Keith Harmon Snow, “Merchants of Death: Exposing Corporate-Financed Holocaust in Africa: White Collar War Crimes; Black African Fall Guys,” December 7, 2008 (http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=11311 ).

17 F. William Engdahl, “Darfur: Forget genocide, there's oil,” Asia Times, May 25, 2007 (http://www.atimes.com/atimes/China ).

18 Quoted in Loro Horta, ''China and Angola Strengthen Bilateral Relationship,” PINR, 23 June, 2006.

19 Jim Lehrer, Powell Declares Killing in Darfur Genocide, The News Hour with Jim Lehrer, Sep. 9, 2004 (http://www.pbs.org/newshour/updates/sudan ).

20 Mark Magnier, “China Stakes a Claim for Major Access to Oil Around the World,” The Los Angeles Times, July 17, 2005 (http://articles.latimes.com/2005/jul/17/world/fg-chinaoil17 ).

21 Jane Morse, “Assistant Secretary Sauerbrey Decries Genocide in Darfur,” 17 November 2006, USINFO. (http://www.america.gov/st/washfileenglish/2006/November/20061117175612ajesrom1.444209e-02.html#ixzz09dQe4AMz ).

22 BBC News, “UN 'rules out' genocide in Darfur,” January 31, 2005. (http://news.bbc.co.uk/2/hi/africa/4222899.stm ).

23 Gary Pombeah, “Obituary: John Garang,” BBC News, 3 August 2005. (http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/africa/2134220.stm ).

24 Keith Harmon Snow, “Africom’s Covert War in Sudan,” Dissident Voice, March 6, 2009 (http://www.dissidentvoice.org/2009/03/africoms-covert-war-in-sudan/ ).

25 Martin Plaut, “Who are Sudan's Darfur rebels?” BBC News, May 5, 2006 (http://news.bbc.co.uk/2/hi/africa/3702242.stm ).

26 International Crisis Group, “Darfur: Revitalizing the Peace Process,” Africa Report, No. 125, April 30, 2007, p.1. On the role of Chad’s Deby the report states: “Chad’s role has complicated the conflict. The Zaghawa elements of the insurgency have enjoyed relatively consistent support from the Zaghawa-dominated government there. Though President Deby, himself a Zaghawa, initially cooperated with Khartoum against the rebellion, his government now gives the rebels open and sizeable support. In response, the NCP has been arming Chadian rebel groups, with the aim of overthrowing Deby and cutting off the SLA and JEM rear bases.”Sobre o papel do Chade, do Presidente Deby, o relatório afirma: “O papel do Chade complicou o conflito. Os elementos Zaghawa da insurreição têm gozado de apoio relativamente consistente do governo dominado pelo Zaghawa. Embora o Presidente Deby, ele próprio um Zaghawa, tenha inicialmente cooperado com Cartum contra a rebelião, agora o seu governo oferece aos rebeldes um apoio considerável e aberto. Em resposta, o PCN tem armando grupos rebeldes do Chade, com o objectivo de derrubar Deby e cortar as bases de retaguarda do SLA e do JEM. ”

27 Rob Crilly, “Sudan cuts ties with Chad after Darfur rebels reach Khartoum,” The Times (London), May 12, 2008.

28 The World Bank, Report No. PID7288, Cameroon-(Chad)Petroleum Development and Pipeline Project, Implementation Agencies:Subsidiaries of Exxon, Shell and Elf, June 23, 1999.

29 Alexander’s Oil & Gas, “Chad-China oil talks are going well,” April 20, 2007 (http://www.gasandoil.com/goc/news/nta71983.htm ).

30 BBC News, “US naval base to protect Sao Tome oil,” August 22, 2002 (http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/2210571.stm ).

31 Walter Kansteiner, Assistant Secretary of State, cited in Ken Silverstein, “US Oil Politics in the ‘Kuwait of Africa’,” The Nation, April 4, 2002 ( http://www.thenation.com/doc/20020422/silverstein ).

32 Kathleen T. Rehm, “Rumsfeld Discusses Defense Issues With Indian Officials,,” American Forces Press Service, December 9, 2004 (http://www.defenselink.mil/news/newsarticle.aspx?id=24638 ).

33 Dana Perino, “Bush raises concerns about Tibet with Chinese president,” March 27th, 2008 accessed in, http://www.thaindian.com/newsportal/world-news/bush-raisesconcerns-about-tibet-with-chinese-president_10031681.html .

34 Rainer Amstaedter, “Der schmale Grat der Erinnerung: Zwischen Hitler und Himalaya,” DATUM - Seiten der Zeit, January 2006 (http://www.datum.at/0106/stories/1476613/ ). Amstaedter conducted thorough research in the NSDA archives and interviews with former associates of Harrer to document the actual active Nazi past of Harrer who ‘conveniently’ forgot details of his SS days. The Wikipedia biography of Harrer omits any mention of the SS past, as well, preferring the Hollywood romanticized and sanitized version, evidently.. Amstaedter conduziu uma pesquisa completa nos arquivos da NSDA e entrevistas com antigos associados de Harrer para documentar o verdadeiro passado da actividade nazi de Harrer que esqueceu ‘convenientemente,’ detalhes dos seus dias na SS. A biografia da Wikipédia sobre Harrer também omite qualquer menção ao passado na SS, preferindo, evidentemente, a versão romantizada e higienizada de Hollywood.

35 Ex-Nazi, Dalai's tutor Harrer dies at 93,” The Times of India, Jan 9, 2006 (http://timesofindia.indiatimes.com/articleshow/msid-1363946,prtpage-1.cms ).

36 Nicholas Goodrick-Clarke, Black Sun: Aryan Cults, Esoteric Nazism and the Politics of Identity (New York: New York University Press, 2001), 177.

37 Goldner, Colin, Mönchischer Terror auf dem Dach der Welt Teil 1: Die Begeisterung für den Dalai Lama und den tibetischen Buddhismus, March 26, 2008, excerpted from Dalai Lama: Fall eines Gottkönigs (Alibri Verlag, April 2008) http://www.jungewelt.de/2008/03- 27/006.php .

38 Jim Mann, “CIA Gave Aid to Tibetan Exiles in ’60s, Files Show,” Los Angeles Times, September 15, 1998 (http://articles.latimes.com/1998/sep/15/news/mn22993 ). Mann reported on the release of classified CIA documents that among other items stated: “For much of the 1960s, the CIA provided the Tibetan exile movement with $1.7 million a year for operations against China, including an annual subsidy of $180,000 for the Dalai Lama, according to newly released U.S. intelligence documents. The money for the Tibetans and the Dalai Lama was part of the CIA’s worldwide effort during the height of the Cold War to undermine Communist governments, particularly in the Soviet Union and China. In fact, the U.S. government committee that approved the Tibetan operations also authorized the disastrous Bay of Pigs invasion of Cuba. The documents, published last month by the State Department, illustrate the historical background of the situation in Tibet today, in which China continues to accuse the Dalai Lama of being an agent of foreign forces seeking to separate Tibet from China. The CIA’s program encompassed support of Tibetan guerrillas in Nepal, a covert military training site in Colorado, “Tibet Houses” established to promote Tibetan causes Weaponizing Human Rights: Darfur to Myanmar to Tibet 125 in New York and Geneva, education for Tibetan operatives at Cornell University and supplies for reconnaissance teams.’ Mann continued citing the declassified text of the CIA as released by the US State Department, ‘The purpose of the program … is to keep the political concept of an autonomous Tibet alive within Tibet and among foreign nations, principally India, and to build a capability for resistance against possible political developments inside Communist China,’ explains one memo written by top U.S. intelligence officials.”Mann relatou a divulgação de documentos confidenciais da CIA que, entre outros assuntos, afirmava: “Em grande parte da década de 1960, a CIA forneceu ao movimento tibetano de exilados 1,7 milhões de dólares por ano para operações contra a China, incluindo um subsídio anual de 180.000 dólares ao Dalai Lama, de acordo com documentos dos serviços secretos/inteligência dos EUA divulgados recentemente. O dinheiro para os tibetanos e para o Dalai Lama fazia parte do esforço da CIA em todo o mundo, durante o auge da Guerra Fria, para minar os governos comunistas, particularmente na União Soviética e na China. Na verdade, a comissão do governo dos EUA que aprovou as operações tibetanas também autorizou a desastrosa invasão da Baía dos Porcos em Cuba. Os documentos, publicados no mês passado pelo Departamento de Estado, ilustram os antecedentes históricos da situação no Tibete de hoje, na qual a China continua a acusar o Dalai Lama de ser um agente das forças estrangeiras que tentam separar o Tibete da China. O programa da CIA englobava o apoio às guerrilhas tibetanas no Nepal, um local de treino militar secreto no Colorado, “Casas Tibetanas” criadas para promover causas tibetanas em Nova York e Genebra, educação de agentes tibetanos na Universidade Cornell e suprimentos para equipas de reconhecimento’. Mann continuou a citar o texto desclassificado da CIA divulgado pelo Departamento de Estado dos EUA: “O objectivo do programa é manter o conceito político de um Tibete autónomo, dentro do Tibete e entre as nações estrangeiras, principalmente a Índia, e construir uma capacidade de resistência contra possíveis desenvolvimentos políticos dentro da China comunista’, explica um memorando escrito por altos funcionários de inteligência/serviços secretos dos EUA”.
39 Michael Parenti, “Friendly Feudalism: The Tibet Myth,” June 2007 (www.michaelparenti.org/Tibet.html ).
40 Ibid.

41 Mann, Jim, “CIA funded covert Tibet exile campaign in 1960s,” The Age (Australia), Sept. 16, 1998.

42 Parenti, “Friendly Feudalism: The Tibet Myth.”

43 David Ignatius, “Innocence Abroad: The New World of Spyless Coups,” The Washington Post, September 22, 1991.

44 William Blum, “The NED and ‘Project Democracy’,” January 2000 (www.friendsoftibet.org/databank/usdefence/usd5.html).

45 Michael Barker, “’Democratic Imperialism’: Tibet, China and the National Endowment for Democracy,” Global Research, August 13, 2007 (http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=6530 ).

46 Seth Faison, “China Says Detained American Rights Advocate Admits Falsifying Documentaries,” The New York Times, July 28, 1995.

47 Morgan Strong, “China Maverick Harry Wu,” Playboy, February 1996.

48 Ralph McGehee, Ralph McGehee’s Archive on JFK Place, CIA Operations in China Part III, May 2, 1996 (www.acorn.net/jfkplace/03/RM/RM.china-for ).

49 Barker, Op. cit.

50 US Tibet Committee, “Fifteen things you should know about Tibet and China,” (http://ustibetcommittee.org/facts/facts.html ).

51 Colin Goldner, Mönchischer Terror auf dem Dach der Welt Teil 2: Krawalle im Vorfeld der Olympischen Spiele, Op. cit.

52 Jonathan Mowat, “The new Gladio in action?,” Online Journal, Mar 19, 2005 (http://onlinejournal.com/artman/publish/printer_308.shtml ).
53 Ibid.
54 Ibid.
55 Ibid.

56 Zbigniew Brzezinski, “A Geostrategy for Eurasia,” Foreign Affairs, 76:5, September/October 1997 

A seguir:

Capítulo 4    

O Império das Bases -- As Bases do Império


Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com

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