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FALTA DE IMPARCIALIDADE NO DIFERENDO EUA/COREIA DO NORTE

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Carta Urgente da República da Coreia do Norte ao Secretário Geral das Nações Unidas



A não ser que o Secretário Geral da ONU, António Guterres, tenha a coragem de restaurar a imparcialidade da ONU, o povo da Coreia do Norte pode ser dizimado, juntamente com toda a Humanidade.
Global Research, 15 de Novembro de 2017  

A situação face à Coreia do Norte é aterrorizadora - vejo o furtivo aumento de pressão sobre o Conselho de Segurança, semelhante ao que precedeu as invasões do Iraque e da Líbia. O veto russo-chinês impediu um ataque da ONU na Síria, mas a Rússia e a China não estão a vetar essas sanções viciosas contra a Coreia do Norte e estão a permitir que este exército, incrivelmente provocador, dos Estados Unidos da América, estejam a rodear a República Popular Democrática da Coreia do Norte (RPDC). Quais são os acordos que estão a ser feitos?

A 13 de Novembro, a RPDC enviou outra carta urgente ao Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres; foi a terceira carta enviada à ONU desde 20 de Outubro, três cartas em 23 dias tentando alertar as Nações Unidas para a situação de crise no Nordeste da Ásia, comprometendo a Paz e a Segurança Internacionais, uma crise que poderá precipitar a guerra nuclear a qualquer momento.As referidas três cartas foram ignoradas, levantando questões alarmantes sobre o compromisso da ONU de “salvar a Humanidade do flagelo da guerra”.
Qualquer tentativa de acusar a RPDC de "provocação"é um abuso flagrante, visto que as provocações e as ameaças à sobrevivência da Coreia do Norte descritas neste apelo ao Secretário Geral, revelam a preparação dos EUA e da Coreia do Sul para um ataque iminente e destruição da Coreia do Norte .
O Embaixador Ja Song Nam afirmou:
"Escrevo-lhe a respeito da pior situação que prevalece na península coreana e à volta dela, que está a tornar impossível prever quando a guerra nuclear rebenta devido ao equipamento de guerra nuclear dos Estados Unidos que, a uma escala sem precedentes, está a ser implantado de forma maciça, ostentando uma posição de ataque.

Desde 11 de Novembro de 2017, os Estados Unidos, apoiados pela implantação de três grupos de porta-aviões de ataque com armamento nuclear na sub-região, realizam outro exercício militar conjunto com a Coreia do Sul, que envolve diversos tipos de contratorpedeiros e submarinos,

Os EUA estão a reactivar ... ... o caça bombardeiro estratégico de capacidade nuclear B-52 ... e estão a manter uma posição de ataque de surpresa com vôos frequentes de formações de caças bombardeiros B-1B e B-2 no espaço aéreo da Coreia do Sul ....

Os EUA proferiram as palavras "destruição total" de um estado soberano na Assembleia Geral das Nações Unidas, o maior fórum oficial de diplomacia do mundo e agora estão envolvidos em exercícios de guerra, introduzindo equipamentos de guerra nuclear na Península Coreana e em volta dela, provando assim que os Estados Unidos são os principais transgressores na escalada de tensão e a arruinar a paz ...

Apesar desse facto, o Conselho de Segurança da ONU, cuja missão é garantir a paz e a segurança mundiais, continua a fechar os olhos aos exercícios de guerra nuclear dos Estados Unidos, que estão diabolicamente inclinados a ocasionar um desastre catastrófico para a Humanidade, dando origem a uma séria preocupação com a duplicidade de critérios de avaliação do Conselho de Segurança da ONU ".
Desafia a lógica e a sanidade mental considerar que a República Popular Democrática da Coreia do Norte, que, entre 1950-1953, sofreu a matança de mais de 3 milhões dos seus cidadãos por soldados dos EUA e da República da Coreia do Sul, seja culpada de crimes contra a Humanidade, pois está a tentar  proteger-se de outro massacre comparável ou pior ao que está a ser violentamente submetido a punição colectiva, devido às sanções do Conselho de Segurança da ONU, que condenam o povo da RPDC a mortes agonizantes pela fome e por doenças, enquanto é forçada a suportar a tortura psicológica de um cerco de armas nucleares norte-americanas preparado para eliminar toda a sua população.
O país culpado deste genocídio ameaçado, é uma potência nuclear que violou os artigos 1 e 6 do Tratado de Não Proliferação Nuclear e que deve ser responsabilizado por essas violações e, sancionado por este mesmo facto. Mas, na verdade, nas Nações Unidas a lei é "o poder é que manda" e "o dinheiro fala".
As Nações Unidas perderam a autoridade moral e, com exactidão,  são condenadas de falta de imparcialidade quase completa, merecendo a designação insultuosa de serem um anexo do Pentágono dos EUA. Então também é justo questionar se a ONU irá sobreviver a esta ignomínia e defender o seu propósito que é: “salvar a Humanidade do flagelo da guerra.”
O excelente artigo de 4 de Novembro,  de Nicholas Kristof, “Slouching toward war in North Korea, relata uma imagem sombria do preço mortal da complacência e da duplicidade de critérios. A não ser que o Secretário Geral da ONU, António Guterres, tenha a coragem de restaurar a imparcialidade da ONU, o povo da Coreia do Norte pode ser dizimado, juntamente com toda a Humanidade.
Carla Stea is Global Research’s Correspondent at United Nations headquarters, New York.

Copyright © Carla Stea, Global Research, 2017

Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos



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